
A cidade de São Paulo enfrenta um momento crítico no combate à dengue, que tem aumentado cada dia mais. Com mais de 739 mil casos prováveis registrados apenas este ano, o estado lidera o ranking nacional da doença, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. A capital paulista concentra uma parte significativa desse cenário, com 39 bairros já considerados em situação de epidemia — sendo que seis entraram para a lista apenas na última semana, de acordo com dados divulgados pela reportagem do jornal Bom Dia SP.
O bairro do Jardim Ângela, na Zona Sul, é hoje o epicentro da dengue na capital, com mais de 35 mil casos registrados e uma incidência que ultrapassa 1.016, segundo a Organização Mundial da Saúde. Nesse cenário de alta, a vacinação — uma das principais estratégias de controle — enfrenta desafios: embora mais de 358 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos tenham tomado a primeira dose, 51% não retornaram para a segunda. Esse fenômeno, conhecido como taxa de abandono vacinal, é influenciado pelo intervalo de três meses entre as doses e pela redução da percepção de risco após o pico da doença. Importante lembrar: uma dose apenas não protege.
Enquanto a cobertura vacinal segue limitada e a adesão não atinge os índices ideais, o mosquito continua se reproduzindo rapidamente, aproveitando ambientes urbanos favoráveis como recipientes com água parada, entulhos, caixas-d’água destampadas e lixo acumulado.
Nesse cenário, medidas sustentáveis e eficazes de controle vetorial se tornam ainda mais urgentes — e é exatamente onde soluções, como a Biotraps, ganham protagonismo. As armadilhas biodegradáveis atuam na captura seletiva de fêmeas do mosquito Aedes aegypti, interrompendo o ciclo de reprodução sem impacto ao meio ambiente, nem à saúde de pessoas ou animais.
Além de práticas de conscientização e eliminação de criadouros, o uso de armadilhas ecológicas pode ser implementado por residências, empresas, escolas, condomínios e órgãos públicos, ajudando a reduzir a população do vetor de forma segura e eficiente.
Com os números da dengue em alta, a vacina ainda com alcance restrito e o risco real de novos surtos, o controle da dengue em São Paulo passa, necessariamente, por um esforço coletivo que vai além da sazonalidade. A prevenção não pode esperar.