Inverno chegou: devo parar de me preocupar com a dengue?

27 de junho de 2025

Com a chegada do inverno, muitas pessoas acreditam que os riscos de contrair dengue desaparecem junto com as altas temperaturas. De fato, o mosquito Aedes aegypti se desenvolve com mais facilidade em climas quentes e úmidos. No entanto, isso não significa que o perigo está afastado. Durante os meses mais frios, os mosquitos podem entrar em um tipo de hibernação, a chamada diapausa, na fase de ovo, resistindo por semanas ou até meses em locais com acúmulo de água parada. Assim, mesmo sem perceber, você pode estar abrigando criadouros invisíveis, que voltarão à atividade assim que as temperaturas subirem.

Além disso, em muitas regiões do Brasil, como Norte, Nordeste e parte do Sudeste, o clima continua quente mesmo durante o inverno, o que mantém as condições propícias para a circulação do vírus da dengue. Com o aumento expressivo de casos nos últimos anos, manter a vigilância ativa é essencial para evitar surtos, independentemente da estação do ano.

Outro fator preocupante é a baixa adesão à segunda dose da vacina contra a dengue. Como o intervalo entre as aplicações é de três meses, muitas pessoas não completam o esquema vacinal, o que compromete a eficácia da proteção individual e coletiva. A vacinação é uma ferramenta essencial, mas sozinha não é suficiente. A prevenção precisa ser contínua e integrada com outras medidas de controle.

Nesse cenário, soluções sustentáveis e acessíveis ganham ainda mais relevância. A armadilha biodegradável Biotraps é uma tecnologia eficaz no combate ao mosquito: elimina fêmeas e suas larvas de forma prática, segura e com baixo impacto ambiental. Feita de papelão reciclado, ela reduz em até 80% a população do Aedes aegypti e atua como uma aliada poderosa no bloqueio da transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Manter-se vigilante durante o inverno é uma forma inteligente de quebrar o ciclo do mosquito e proteger a saúde da sua família. Antecipar-se ao problema, especialmente em um cenário de vacinação incompleta e clima instável, é essencial para garantir um verão mais seguro e com menos casos. A prevenção não tem estação.