Dengue em 2025: por que os casos estão batendo recordes mesmo com campanhas de prevenção?
- Ana Paula Rubio
- 9 de abr.
- 2 min de leitura

O Brasil segue enfrentando números alarmantes de dengue em 2025. Até o momento, o Ministério da Saúde já reportou mais de 900 mil casos prováveis da doença em todo o país, demonstrando que o Aedes aegypti continua sendo um dos maiores desafios para a saúde pública nacional. Mesmo com campanhas de conscientização e ações tradicionais, a proliferação do vetor não dá sinais de trégua. Por que o problema persiste? E, mais importante: o que pode ser feito de forma diferente?
Principais desafios no combate à dengue atualmente
Mutações Genéticas e adaptação: estudos da Fiocruz e de instituições internacionais já alertavam sobre as mutações genéticas de populações de Aedes aegypti que podem garantir maior adaptabilidade desses mosquitos aos ambientes. Algumas mutações podem selecionar indivíduos mais resistentes a certos inseticidas, e medidas de controle como as borrifações e fumacês podem não ser eficazes. Atualmente, pesquisadores continuam monitorando essas mutações genéticas, o que reforça a necessidade de soluções alternativas e sustentáveis.
Mudanças climáticas e urbanização acelerada: as ondas de calor e chuvas irregulares têm criado cenários perfeitos para a reprodução do mosquito, inclusive em regiões antes pouco afetadas, como o Sul do Brasil. Além disso, a urbanização desordenada — com infraestrutura deficiente, acúmulo de lixo e água parada em construções — transforma centros urbanos em verdadeiros berçários para o vetor.
Medidas que ainda enfrentam limitações: nos últimos anos, o poder público tem investido em campanhas de conscientização, mutirões e ações emergenciais para conter o avanço da dengue. No entanto, o crescimento dos casos indica que essas medidas, embora importantes, não têm sido suficientes para conter o aumento dos focos do mosquito. Há um espaço para fortalecer a prevenção com soluções complementares, mais contínuas e inovadoras.
O Aedes aegypti se adapta com facilidade e se reproduz durante todo o ano, mesmo fora do verão. Por isso, ações pontuais acabam perdendo força diante da persistência do mosquito. A ampliação de estratégias que atuem de forma integrada e permanente — com a participação da sociedade, empresas e instituições — é essencial para tornar o combate mais eficaz ao longo do tempo.
O cenário atual deixa uma lição clara: não é possível combater a dengue com as mesmas estratégias do passado. Enquanto o país avança na cobertura vacinal, é fundamental investir em soluções preventivas que já estão disponíveis e prontas para uso imediato.
A Biotraps é um exemplo desse novo caminho — uma tecnologia simples, eficiente e alinhada aos princípios da sustentabilidade. A inclusão de métodos inovadores no dia a dia da população pode marcar a diferença entre o controle da doença e a perpetuação de surtos cada vez mais intensos.
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