A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua a ser um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Em 2024, o país registra números alarmantes, com mais de 6,5 milhões de casos prováveis da doença, e mais de 5,8 mil óbitos segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Este é um dos anos mais críticos já registrados, com março concentrando o maior número de notificações: 1,7 milhão de casos.
De acordo com os dados mais recentes, os estados mais afetados pela dengue este ano são:
São Paulo: +2,1 milhões de casos prováveis.
Minas Gerais: +1,6 milhão de casos prováveis.
Paraná: +650 mil casos prováveis.
Santa Catarina: +349 mil casos prováveis.
Goiás: +327 mil casos prováveis.
Esses estados enfrentam uma combinação de desafios: densidade populacional elevada em áreas urbanas, chuvas intensas, calor extremo e dificuldade em implementar estratégias de prevenção em larga escala. A urbanização desordenada, aliada à falta de ações sustentáveis e contínuas, têm contribuído para um cenário que se agrava ano após ano.
As chuvas desempenham um papel importante na proliferação do Aedes aegypti, uma vez que o aumento dos criadouros causada pelo acúmulo de água em recipientes, como pneus, garrafas e calhas, geram condições são ideais para a reprodução dos mosquitos, o que aumenta o risco de transmissão da dengue e outras arboviroses. Além disso, as chuvas são frequentemente seguidas por períodos quentes, que aceleram o ciclo de vida dos mosquitos.
Para enfrentar os desafios impostos pelo Aedes aegypti e a dengue no Brasil, as ações educativas voltadas à população continuam sendo um dos pilares mais importantes no controle das epidemias No entanto, é necessário ir além, e agregar soluções inovadoras, criando estratégias eficazes e sustentáveis. Tecnologias como armadilhas biodegradáveis surgem como uma alternativa eficiente e ambientalmente responsável para controlar a proliferação destes mosquitos.
O combate à dengue exige um esforço coletivo e contínuo, apenas assim será possível reverter esse cenário crítico e construir um futuro mais saudável e sustentável para as próximas gerações.
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