Perda de biodiversidade nas cidades e a proliferação do mosquito da dengue.
- Ana Paula Rubio
- 2 de mai
- 2 min de leitura

A urbanização acelerada e a degradação ambiental nas cidades estão diretamente ligadas ao crescimento descontrolado das populações de Aedes aegypti. À medida que os centros urbanos se expandem, áreas verdes desaparecem, cursos d’água são canalizados e o espaço natural de diversos predadores do mosquito é destruído. Animais como libélulas, pererecas, peixes e até algumas aves, que antes ajudavam a controlar naturalmente a presença do mosquito, já não encontram mais condições para sobreviver nos ambientes urbanos. Esse desequilíbrio gera uma consequência grave: o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya encontra menos obstáculos para se reproduzir.
Além disso, a infraestrutura urbana muitas vezes precária contribui ainda mais para esse cenário. O acúmulo de lixo, o armazenamento incorreto de água, a ausência de saneamento básico e a impermeabilização do solo favorecem a criação de criadouros do Aedes aegypti. Mesmo em regiões com alto adensamento populacional, onde a vigilância e o controle deveriam ser mais intensos, o mosquito encontra formas de se proliferar graças à combinação de calor, umidade e água parada — elementos cada vez mais presentes em áreas urbanas.
A perda da biodiversidade urbana também representa a perda de um importante sistema de defesa natural contra pragas. Sem a presença de predadores e com a fragmentação dos ecossistemas, a cidade se torna um ambiente hostil para a natureza, mas ideal para a multiplicação de vetores de doenças. O impacto dessa realidade vai muito além da saúde ambiental: afeta diretamente a saúde pública, sobrecarregando os sistemas de atendimento e aumentando os custos com campanhas emergenciais de combate.
Nesse contexto, é fundamental adotar soluções que sejam eficazes, sustentáveis e adaptadas ao ambiente urbano. A Biotraps é uma aliada nesse desafio. Sua armadilha biodegradável atua diretamente na redução da população de Aedes aegypti, de forma segura e prática, sem causar danos ao meio ambiente. Em cidades onde o desequilíbrio ecológico é um problema evidente, o uso de tecnologias como a Biotraps se torna uma estratégia inteligente para conter a proliferação do mosquito, protegendo a população e contribuindo para uma convivência mais saudável entre urbanização e natureza.
Combater o mosquito em áreas urbanas exige mais do que campanhas pontuais. É preciso pensar em soluções que atuem de forma contínua, integrada e consciente.
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